Abstract Introduction: Deep neck infections are defined as suppurative infectious processes of deep visceral spaces of the neck. Objective: The aim of this study is to review different factors that may influence peritonsillar and deep neck infections and may play a role as bad prognosis predictors. Methods: We present a retrospective study of 330 patients with deep neck infections and peritonsillar infections who were admitted between January 2005 and December 2015 in a tertiary referral hospital. Statistical analysis of comorbidities, diagnostic and therapeutic aspects was performed with Excel and SPSS. Results: There has been an increase in incidence of peritonsilar and deep neck infections. Systemic comorbidities such as diabetes or hepatopathy are bad prognosis factors. The most common pathogen was S. viridans (32.1% of positive cultures). 100% of the patients received antibiotics and corticosteroids, 74.24% needed surgical treatment. The most common complications were mediastinitis (1.2%) and airway obstruction (0.9%). Conclusion: Systemic comorbidities are bad prognosis predictors. Nowadays mortality has decreased thanks to multidisciplinary attention and improvements in diagnosis and treatment.
Resumo Introdução: Infecções cervicais profundas são definidas como processos infecciosos supurativos dos espaços viscerais profundos do pescoço. Objetivo: Analisar diferentes fatores que podem influenciar as infecções peritonsilares e cervicais profundas que podem desempenhar um papel como preditores de mau prognóstico. Método: Apresentamos um estudo retrospectivo de 330 pacientes portadores de infecções cervicais profundas e de infecções peritonsilares admitidos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2015 em um hospital terciário de referência. A análise estatística de comorbidades, aspectos diagnósticos e terapêuticos foi realizada utilizando-se os programas Excel e o SPSS. Resultados: Houve um aumento na incidência de infecções peritonsilares e infecções cervicais profundas. Comorbidades sistêmicas como diabetes ou doença hepática são fatores de mau prognóstico. O patógeno mais comum foi S. viridans (32,1% das culturas positivas). 100% dos pacientes receberam antibióticos e corticosteroides, e 74,24% necessitaram de tratamento cirúrgico. As complicações mais comuns foram mediastinite (1,2%) e obstrução das vias aéreas (0,9%). Conclusão: Comorbidades sistêmicas são preditores de mau prognóstico. Atualmente, a mortalidade diminuiu graças ao cuidado multidisciplinar e melhorias no diagnóstico e tratamento.
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