Resumo Introdução: Os desvios septais podem causar obstrução nasal e impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. A eficácia da septoplastia para o tratamento do desvio septal e os preditores de resultados cirúrgicos satisfatórios continuam controversos. A variabilidade técnica, a heterogeneidade das amostras de estudo e a ausência de uma ferramenta sólida para avaliação clínica são os principais obstáculos ao estabelecimento de dados estatísticos confiáveis sobre o procedimento. Objetivo: Avaliar a melhora clínica na qualidade de vida específica da doença entre pacientes submetidos a septoplastia e fratura bilateral da concha inferior sob sedação e anestesia local em um hospital terciário e possíveis variáveis clínico-epidemiológicas associadas ao desfecho funcional. Método: Cinquenta e dois pacientes consecutivamente submetidos a septoplastia e fratura bilateral da concha inferior para o tratamento da obstrução nasal preencheram formulários com informações clínicas e epidemiológicas durante a inclusão no estudo e tiveram seus sintomas quantificados objetivamente utilizando a escala de Avaliação de Sintomas de Obstrução Nasal (Nose Obstruction Symptom Evaluation - NOSE) no pré-operatório e um e três meses após o procedimento. A análise estatística objetivou determinar resultados cirúrgicos globais e estratificados e investigar correlações entre as variáveis clínico-epidemiológicas e os escores obtidos. Resultados: Foi demonstrada uma melhora estatisticamente significativa nos escores obtidos no questionário NOSE três meses após a cirurgia (p < 0,001, T-Wilcoxon), quando comparado com os escores obtidos no pré-operatório, com uma forte correlação entre o escore pré-operatório e a melhora pós-operatória durante esse período (r = -0,614, p < 0,001, Spearman). Após um mês, os pacientes atingiram em média 87,15% do resultado obtido ao término do estudo. Fumantes e pacientes com rinite e/ou comorbidade pulmonar apresentaram valores médios pré-operatórios do escore NOSE aumentados, embora sem significância estatística (p > 0,05). Sexo, idade, história de rinite e presença de comorbidade pulmonar não influenciaram significativamente os resultados cirúrgicos (p > 0,05). Os fumantes apresentaram maior redução nos escores de NOSE (p = 0,043, U-Mann-Whitney). Conclusão: A septoplastia e a fratura bilateral da concha inferior demonstraram melhorar significativamente a qualidade de vida específica da doença e este resultado favorável parece ocorrer de forma precoce.
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